A escolha do tratamento é dependente de diversos fatores incluindo idade, localização e tamanho da lesão, sintomatologia e comorbidades. O tratamento clássico e principal é a ressecção cirúrgica, contudo outras opções, tais como observação com monitorização por imagem e radiocirurgia são opções em determinados casos.
O tratamento cirúrgico deve ser considerado em casos sintomáticos e/ou em pacientes com crescimento significativo da lesão. A abordagem cirúrgica e seu planejamento envolvem o estudo da localização, vascularização e tamanho da lesão, relação com estruturas arteriais, venosas e neurais e consistência da lesão. O objetivo cirúrgico segue os preceitos da moderna neurocirurgia oncológica, com máxima ressecção da lesão e manutenção da qualidade de vida.
Ressecção tumoral total, ressecção da dura-máter e osso adjacente devem ser objetivados, contudo a preservação parênquima eloquente, estruturas vasculares e neurais importantes sempre deve ser realizada, de modo à prevenção de sequelas pós-operatórias significativas. Assim, a realização de monitorização fisiológica intraoperatoria, uso de neuronavegação e, em determinados casos, craniotomia com paciente acordado representam ferramentas importantes para que o objetivo cirúrgico seja alcançado. Máximo cuidado deve-se ter com veias de drenagem relacionadas ao tumor, uma vez que ressecção inadequada de tais estruturas pode originar infartos venosos, os quais potencialmente originam sequelas graves. Em casos de lesões com obstrução de seios venosos, programação de ressecção e reconstrução venosa com enxertos deve ser realizada. A extensão da ressecção dos meningiomas é classicamente classificada de acordo com o modelo proposto por Simpson:
I: ressecção macroscópica completa com remoção do implante dural e osso acometido.
II: ressecção macroscópica completa com eletrocoagulação do implante dural.
III: ressecção macroscópica total, sem eletrocoagulação do implante dural.
IV: remoção parcial do tumor.
V: descompressão tumoral / biopsia