• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

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Neurocisticercose (Cisticercose do sistema nervoso central)

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A neurocisticercose é uma doença parasitária do sistema nervoso causada pela infecção pelo cisticerco, a larva da Taenia solium, um parasita que pode afetar o cérebro e a medula espinhal. Essa condição é considerada uma das principais causas de epilepsia adquirida em áreas endêmicas.

A doença ocorre quando uma pessoa ingere ovos da Taenia solium presentes em alimentos contaminados, especialmente carne de porco mal cozida ou alimentos preparados em condições de higiene precária. Os ovos liberam larvas que penetram na parede intestinal, entram na corrente sanguínea e podem se espalhar para diferentes partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central.

Os sintomas da neurocisticercose podem variar dependendo da localização e do estágio das lesões no sistema nervoso. Alguns pacientes podem não apresentar sintomas óbvios, enquanto outros podem experimentar convulsões, dores de cabeça intensas, alterações de comportamento, problemas de visão, dificuldade de equilíbrio, entre outros sintomas neurológicos.

O diagnóstico da neurocisticercose é um desafio, pois os sintomas podem se assemelhar a outras condições neurológicas. A avaliação clínica, o histórico do paciente, a análise do líquido cefalorraquidiano e exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), são utilizados para auxiliar no diagnóstico correto.

O tratamento da neurocisticercose envolve o uso de medicamentos antiparasitários, como o praziquantel e a albendazol, que têm como objetivo matar as larvas de cisticerco presentes no sistema nervoso. O tratamento deve ser cuidadosamente monitorado por um profissional de saúde, pois a morte das larvas pode desencadear uma reação inflamatória no cérebro, resultando em complicações graves.

Além do tratamento medicamentoso, a abordagem terapêutica da neurocisticercose pode incluir a administração de medicamentos para controlar os sintomas, como anticonvulsivantes, analgésicos e corticosteroides. Em alguns casos, a remoção cirúrgica das lesões pode ser necessária para aliviar a pressão no cérebro ou tratar complicações específicas.

A prevenção da neurocisticercose é baseada em medidas de higiene e saneamento básico. É fundamental garantir a adequada inspeção e tratamento dos alimentos, além de incentivar a prática de lavagem adequada das mãos e a adoção de medidas de saneamento ambiental para evitar a contaminação dos ovos do parasita.

Em conclusão, a neurocisticercose é uma doença parasitária do sistema nervoso que representa um desafio para a saúde pública em áreas endêmicas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir as complicações e melhorar o prognóstico dos pacientes afetados. Além disso, a conscientização sobre medidas de prevenção e a melhoria das condições sanitárias são fundamentais para controlar a disseminação dessa doença.