Como neurocirurgião, é importante esclarecer que o glioma é um tipo de tumor cerebral que se origina nas células gliais, que são responsáveis por fornecer suporte e nutrição aos neurônios. Esses tumores são divididos em graus, dependendo de sua agressividade e podem crescer de forma lenta ou rápida.
Se um glioma não for operado, sua taxa de crescimento pode variar dependendo de vários fatores, como o grau do tumor e sua localização no cérebro. Em geral, quanto maior o grau, maior a probabilidade de crescimento rápido e invasivo, o que pode levar a uma série de sintomas neurológicos e até mesmo à morte. Mesmo os gliomas de baixo grau podem se tornar mais agressivos ao longo do tempo e causar complicações sérias.
A cirurgia é geralmente o tratamento inicial para gliomas, pois permite a remoção do máximo possível do tumor e pode ajudar a reduzir os sintomas neurológicos. No entanto, a decisão de operar depende de vários fatores, como o tamanho e a localização do tumor, a idade do paciente e o estado geral de saúde. Em alguns casos, a cirurgia pode não ser possível ou recomendada, seja por causa do risco de danos ao cérebro ou devido a outras condições médicas subjacentes.
Caso a cirurgia não seja possível ou recomendada, outras opções de tratamento, como radioterapia ou quimioterapia, podem ser consideradas. No entanto, é importante lembrar que esses tratamentos não são curativos e podem apenas ajudar a retardar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas neurológicos. Além disso, esses tratamentos podem ter efeitos colaterais significativos e afetar a qualidade de vida do paciente.
Em conclusão, se um glioma não for operado, ele pode crescer e se tornar mais agressivo com o tempo, o que pode levar a complicações sérias. A cirurgia é o tratamento inicial para gliomas, mas a decisão de operar depende de vários fatores. Se a cirurgia não for possível ou recomendada, outras opções de tratamento podem ser consideradas, mas é importante lembrar que esses tratamentos não são curativos e podem ter efeitos colaterais significativos. Por isso, é fundamental que o paciente consulte um neurocirurgião experiente e siga um plano de tratamento personalizado e cuidadosamente planejado.