A metástase do câncer de mama ocorre quando as células cancerosas se desprendem do tumor original na mama e se espalham para outras partes do corpo através do sistema linfático ou da corrente sanguínea. Esse processo significa que o câncer deixou de ser localizado e se tornou sistêmico, caracterizando o estágio IV da doença. A compreensão da metástase é crucial para o planejamento do tratamento e o manejo da doença.
Os locais mais comuns para onde o câncer de mama metastatiza são os ossos, pulmões, fígado e cérebro. Cada um desses locais apresenta sintomas específicos. Metástases ósseas podem causar dor óssea, fraturas e níveis elevados de cálcio no sangue. Metástases pulmonares podem levar a falta de ar, tosse persistente e dor no peito. O comprometimento do fígado pode resultar em icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), dor abdominal e inchaço. Metástases cerebrais podem causar dores de cabeça, convulsões, alterações na visão e outros sintomas neurológicos.
O diagnóstico de metástase geralmente envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e cintilografia óssea, além de biópsias, quando necessário, para confirmar a presença de células cancerosas em outros órgãos. A detecção precoce da metástase é crucial, pois influencia diretamente as opções de tratamento e o prognóstico da paciente.
O tratamento do câncer de mama metastático visa controlar o crescimento do tumor, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente, uma vez que, na maioria dos casos, a cura não é alcançável nesta fase. As opções de tratamento incluem terapia hormonal, quimioterapia, terapia-alvo (medicamentos que atacam alvos específicos nas células cancerosas), radioterapia e cirurgia, dependendo da localização e extensão das metástases.
É fundamental o acompanhamento multidisciplinar com oncologistas, mastologistas, radioterapeutas e outros especialistas, além de suporte psicológico e de cuidados paliativos, para garantir o melhor manejo da doença e o bem-estar da paciente. A pesquisa científica continua avançando no desenvolvimento de novas terapias e abordagens para o tratamento do câncer de mama metastático, buscando aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida das pacientes.